Crítica |A Era do Gelo 4 : Deriva Continental
“Dinamismo
renovado”
Em
seu quarto filme, a série A Era do Gelo tem os principais elementos plenamente
estabelecidos. A amizade está presente através do elo formado desde o primeiro
filme entre Manny, Diego e Sid. A paixão ganhou corpo em A Era do Gelo 2, com a
aparição da mamute fêmea Ellie, e a inevitável família deu as caras na
sequência seguinte, onde nasceu a pequena Amora. Seguindo a linha evolutiva dos
relacionamentos, em A Era do Gelo 4 Amora cresceu e já é adolescente, época em
que os atritos com os pais se tornam mais recorrentes. A jovem quer mais
liberdade, o pai busca protegê-la dos perigos da vida. Você com certeza já viu
isto antes, mas não aplicado a uma família de mamutes.
É
assim, com uma trama batida recontextualizada, que começa A Era do Gelo 4.
Como pano de fundo, mas não menos importante, há ainda a divisão dos
continentes mundo afora, explicada em divertida sequência estrelada pelo sempre
neurótico esquilo Scrat. Com enormes blocos de terra mudando constantemente de
lugar, a vida na era do gelo já não é mais tão tranquila assim. Numa destas
mudanças inesperadas, o grupo é separado. Manny, Sid e Diego ficam isolados em
um iceberg, enquanto Ellie, Amora e os demais animais permanecem em terra firme.
A promessa de que irão se reencontrar, custe o que custar, vem no embalo. É o
início da aventura, de lado a lado.
Como se pode perceber, criatividade não é o forte de A Era do Gelo 4. Entretanto, apesar de trazer ideias já exploradas em dezenas de outros filmes, o novo episódio cativa pelo bom encaixe na ambientação da série como um todo e pelo carisma dos novos personagens. Um deles é o Capitão Entranha, o babuíno pirata que canta uma deliciosa música no melhor estilo Disney, com participação de toda sua tripulação. Outra é a vovó, parente do atrapalhado Sid que cativa pelas confusões provocadas. Estas e outras novidades na fauna da série conseguem trazer o dinamismo necessário à uma história já conhecida, dando também um certo respiro aos personagens principais, que não ficam sempre girando em torno de si mesmos.
Como se pode perceber, criatividade não é o forte de A Era do Gelo 4. Entretanto, apesar de trazer ideias já exploradas em dezenas de outros filmes, o novo episódio cativa pelo bom encaixe na ambientação da série como um todo e pelo carisma dos novos personagens. Um deles é o Capitão Entranha, o babuíno pirata que canta uma deliciosa música no melhor estilo Disney, com participação de toda sua tripulação. Outra é a vovó, parente do atrapalhado Sid que cativa pelas confusões provocadas. Estas e outras novidades na fauna da série conseguem trazer o dinamismo necessário à uma história já conhecida, dando também um certo respiro aos personagens principais, que não ficam sempre girando em torno de si mesmos.
Em
meio à saga de Manny para reencontrar a família, há ainda novidades nos demais
vértices do trio protagonista. Logo de início a família de Sid tem uma rápida
aparição, justificando seu abandono e trazendo a vovó para o bando. Já Diego
passa pelo processo de apaixonar-se já conhecido por Manny, indicando um
possível caminho para o futuro da série. Enquanto isso, Scrat felizmente
continua o mesmo. Obcecado pela noz, faz de tudo para tê-la em mãos sem medir
os riscos envolvidos. Como resultado, muitas trapalhadas que rendem alguns dos
melhores momentos do filme.
Assumidamente
infantil, inclusive com algumas piadas voltadas para crianças pequenas, A
Era do Gelo 4 chama também a atenção pela qualidade da animação,
especialmente na cena da tempestade em alto-mar. O 3D, por sua vez, conta com
alguns bons momentos, mas não impressiona. Destaque para a cutucada dada à
trama sem muita lógica de A Era do Gelo 3 e também para o curta estrelado por
Maggie Simpson, exibido antes do filme. Uma divertida mescla de inocência com o
humor ácido da série de TV.
AdoroCinema
De Francisco Russo
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